Instabilidade do carpo . ...
Devido a toda arquitetura ligamentar do punho, o escafóide é responsável pela flexão volar do semilunar , portanto a lesão do ligamento escafossemilunar leva a flexão dorsal do semilunar; e quando há lesão do lunopiramidal o semilunar flete para volar.
ACHADOS RADIOGRÁFICOS
- Sinal de Terry Thomas- aumento do espaço escafo-semilunar maior que 3mm
-Sinal do anel cortical- posição fletida do escafóide no AP
- Diminuição da altura carpal (Youm=0,54 altura do carpo/lII MTC e Pires=1,46 a 1,67 altura carpo/capitato).
- ângulo capitato semilunar > 10 graus ( normal de 0 a 10 graus).
- Sinal do V Taleisnik- contorno da cortical volar do escafóide com a do radio distal tem a forma de “C” normalmente, quando há lesão, forma-se um “V”.
CLASSIFICAÇÃO
1- DISI= Dorsal intercalated segment instability, em que o ângulo escafo-semilunar é maior que 60 graus;
2- VISI= Volar intercalated segment instability, em que o ângulo escafo-semilunar é menor que 20 graus;
3- Translação ulnar= todo o carpo se luxa ulnarmente. O espaço entre estilóide radial e escafóide está aumentado.
4- Subluxação dorsal= todo o carpo luxado dorsalmente. Ocorre em consolidação viciosa do rádio.
QUADRO CLÏNICO
Dor, edema , sintomatologia leve, com ou sem presença de estalo. Nos casos crônicos, com mais de 3 semanas pode evoluir com SLAC, diminuindo força e ADM deste punho.
Teste de Watson= pressiona-se a tuberosidade de volar para dorsal e passando o desvio de ulnar para radial, o pólo proximal subluxa dorsalmente, provocando um clique doloroso.
TRATAMENTO
Até 3 semanas- Redução incruenta , fixação percutânea quando possível e, se necessário, sutura-se o ligamento escafo-lunar.
Mais de 3 semanas- Técnica de Blatt= Sutura-se o retalho da cápsula dorsal radial de +/- 1cm que passa na escarificaçào feita no escafóide com um pull-out na pele, mantendo o escafóide reduzido. Associado a isso fixa-se o semilunar, escafóide e piramidal com fios de K.
Artrodese STT ou triescafo também pode ser utilizada se não estiver sinais de artrose peri-escafoidea, e, nestes casos, indica-se artrodese dos quatro cantos ou carpectomia da fileira proximal, dependendo da localização da artrose. Nos casos de colapso carpal, a única indicação cirúrgica e a artrodese total do carpo com 10-20 graus de extensão.
Para baixar os arquivos de aulas e vídeos e ver as imagens explicativas, acesse os adicionais, clicando aqui. |