Fratura de Monteggia |
Fratura de Monteggia da diáfise da ulna com instabilidade da cabeça radial ...
• Raras <5% das fraturas do antebraço
• Diagnóstico – Inchaço ao redor do cotovelo,deformidade,dor edema e quimose.
Lesões neurológicas(n.radial) em tipos II e III de bado e lesão do n.interósseo anterior e ulnar
• RX – Lateral do cotovelo (verdadeira)
Úmero e antebraço apoiados na chapa com flexão de 90º
Classificação do BADO
I – Fratura em qualquer ponto da diáfise com angulação antrior da fratura e luxação anterior de cabeça radial
Mecanismo – Evans – pronação forçada do antebraço.
Equivalente – fratura da diáfise ulnar e fratura da cabeça ou colo radial
Redução: Aplica-se tração com antebraço em supinação e extensão,reduz-se a angulação da ulna ,manobra que em geral reduz a cabeça do rádio.Quando se consegue a redução, o cotovelo é imobilizado em supinação e flexão de aprox 100º ,ou quanto o edema do cotovelo permitir.
II – Fratura diáfise ulnar com angulação posterior na fratura e luxação póstero-lateral da cabeça radial.
Mecanismo – Penrose – cotovelo flexionado e força causando lux posterior.
Equivalente – luxação posterior do cotovelo com fratura angulada posteriormente da diáfise ulnar e fratura da cabeça ou colo radial.
Redução:Tração em extensão e supinação,corrigindo a angulação da ulna e pressionando a cabeça do rádio e manutenção com 70° de flexão.
III – Fratura da metáfise ulnar com lux lateral ou antero-lateral da cabeça radial
Mecanismo – Mullick
- Antebraço supinado e cabeça radial deslocada póstero-lateral
- Antebarço ´pronado – cabeça do rádio desloca antero-lateral
Redução: Tração em extensão e abdução supinando o antebraço enquanto se faz pressão sobre a ulna e sobre a cabeça do rádio.EAnquanto a angulação lateral é corrigida, a supinação do antebraço tende a reduzir a cabeça do rádio pela tensão do lig interósseo entre rádio e ulna.A imobilização é feita em flexão de 110° por 4 a 6 semanas.
IV – Fratura do 1/3 prox rádio e ulna,no mesmo nível com luxação anterior da cabeça radial
Mecanismo – Bado – lesão tipo I + fratura diafisária do rádio.
Redução:Tentando o linhamento da ulna,fazendo forte supinação,tenteando reduzir a ulna e cabeça do rádio.Redução difícil.
Júpiter – ampliou a classificação de BADO com subdivisão do tipo II
IIa – fratura da ulna envolvendo o olecrano distal e processo coronóide
IIb – fratura da ulna na junção entre metáfise e diáfise distal ao processo coronóide
IIc – fratura da diáfise da ulna
IId – fratura da ulna estendendo-se ao longo 1/3 prox da metada da ulna
Freqüência das lesões – I >III > II > IV
Abordagem das fraturas de Monteggia:
• Incisão cutânea abordando diretamente a ulna
• Evitar lesão ulnar
• Abordar apenas o periósteo que recebeu a placa
• Placa sobre a musculatura extensora ou flexora – sob a musculatura extensora é preferível devido a facilidade de prolongar proximalmente e expor a cabeça radial e evitar mobilizar o n.ulnar
Via de acesso direto para a ulna
TTo – sempre cirúrgico – conservador pode ser feito em crianças
RAFI com placa DCP 3.5mm dorsal + redução fechada da luxação da cabeça radial (tração e pressão na cabeça radial)
Resultados satisfatórios:
Diagnóstico precoce
Fixação rígida da ulna
Redução exata da cabeça radial
Mobilidade – reabilitação
*placa medial ou lateral pode ser usada – não ideal
A retirada da placa – Tem se mostrado na literatura que a remoção da placa é mais danosa que a sua manutenção.Uma complicação bastante frequente é a fratura após a retirada(4-20%).As causas principais da refratura são asplacas volumosas(4.5mm DCP) e remoção prematura.A densidade óssea não retorna ao seu normal antes de 21 meses.Outras complicações citadas são as infecções e lesões nervosas.Sua incidência varia de 10-20% e aumentam quando o procedimento não é feito por um ortopedista experiente.A remoção das placas é indicada em dor ou placa superficial na pele.Em um estudo, 67% paciente mantiveram algum tipo de dor após retirar a placa e 9% acreditam que a dor piorou.
As complicações mais freqüentes da ft-lux Monteggia é a paralisia do ramo radial profundo
Neuropraxia radial – aguarda 6-12 sem,Se >12sem - exploração nervo
Fraturas expostas – debridamento,limpeza
• Cabeça radial redutível e estável – placa
• Cabeça radial instável – artrotomia + placa (01 ou 02 placas DCP 3.5mm+banda de tensão)
• Cabeça radial irredutível – abordagem separada da cabeça do rádio – cápsula anterior e lig anular
Fraturas da cabeça radial – RAFI com reconstrução ou excisão da cabeça radial.
Prótese de silicone – retirar 12-24m após
Prótese de aço – permanetnte
Critérios de Anderson :
Excelente - consolidação ou perda da flexo-extensão <10º
Satisfatório – consolidação com perda flexo-extensão < 20º
Perda da rotação antebraço >50%
Fracasso – consolidação viciosa,pseudartrose ou osteomielite crônica não resolvida
Cuidados pós op
1º curativo após 5-7 dias e substituir por tala ou prótese
Mobilidade precoce 7-10 dias
Rx semanal
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Author: Dublê |
Date: 24/2/2020, 10:45 |
Tipo do Texto: Trauma |
Category: Pediátrica |
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