Vias de acesso coluna vertebral |
Vias de acesso coluna vertebral cervical, torácica e lombar ...
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Utilizada para patologias degenerativas, tumorais
e pós-traumáticas entre C3 e T1.
Permite a realização de artrodeses intervertebrais e de fixação com instrumental (placas e parafusos)
C3 e T1
O posicionamento do paciente é de grande importância. A cabeça é colocada sobre um coxim circular macio para estabilização, e é rodada para o lado oposto ao lado em que será feita a incisão.Coloca-se um outro coxim em forma de cilindro (que pode ser um campo cirúrgico enrolado) transversalmente na região escapular, que posicionará o pescoço em leve extensão.Também usamos uma faixa larga de esparadrapo em cada ombro, tracionando-os distalmente e colando a outra extremidade de cada esparadrapo na mesa cirúrgica (deve ser feito bilateralmente e ao mesmo tempo, para que os ombros fiquem alinhados) Os calcanhares devem ser acolchoados, e as saliências, como as dos cotovelos, também devem ficar protegidas.
Deixar o local doador de enxerto, geralmente a crista ilíaca anterior contralateral, preparado para a cirurgia.
Para as regiões superior e média da coluna cervical, a abordagem pode ser tanto do lado direito quanto do lado esquerdo.
Geralmente o cirurgião dextro prefere abordar do lado direito.
De C7 para baixo prefere-se o lado esquerdo, a fim de evitar lesões no nervo laríngeo recorrente.
O n.laringeo recorrente E se destaca do n.vago no nível do arco da aorta,sobe pelo pescoço entre a traquéia eo esôfago.O n.laringeo recorrente D sobe no pescoço ao lado da traquéia após contornar a subclávia D.Na parte inferior do pescoço cruza de medial para lateral para alcançar a traquéia mediana sendo mais vulnerávela a lesão que o E.
A incisão pode ser transversa, acompanhando as linhas da pele do pescoço quando forem abordados um ou dois níveis. Cicatriz estética.
A incisão longitudinal, anterior ao músculo esternocleidomastóideo é usada quando há necessidade de abordagens acima de três corpos vertebrais.
Alguns autores têm preferido usar sempre a incisão longitudinal, pois ela é ampliável quando necessário.
O nível da incisão transversa pode ser escolhido conforme o seguinte:
Palato duro – arco do atlas
C2-C3 –margem inferior da mandíbula
C3 - osso hióide.
C4-C5:-cartilagem tireóidea (três dedos acima da clavícula.)
C6: - cartilagem cricóidea.
C6 – tubérculo carotídeo.
Na cirurgia da coluna cervical é mandatória a realização de um controle radiográfico que permita a correta identificação do nível a ser operado. Isso pode ser feito com um aparelho de raio X convencional ou com o intensificador de imagem.
A técnica
1) Incisão da pele e tecido subcutâneo: a hemostasia deve ser meticulosa. Não aconselhamos continuar para o próximo plano sem que todos os vasos estejam devidamente coagulados.Pode-se infiltrar epinefrina localmente antes de incisar a pele.
2) O músculo platisma é seccionado com eletrocautério na mesma orientação da incisão da pele:
Abre-se uma pequena parte desse músculo e, com uma pinça hemostática introduzida sob ele e aberta, completa-se a secção, protegendo, assim, as estruturas abaixo .Nenhum plano internervos está acessível superficialmente.
O platisma superficial é inervado pelo ramo do facial(VII) na parte superior do pescoço e mais profundamente encontra-se entre o estenocleidomastoídeo(n.acessório-XI) e os m.infra-hioídeos(C1-C2-C3)
Eletrocautério do platisma
3)Incisa-se a fascia cervical superficial perto da borda do músculo esternocleidomastóideo. Identificam-se a borda medial do músculo esternocleidomastóideo e a fáscia cervical superficial, que o recobrem na sua face anterior e posterior e que se unem em uma só fascia após deixarem o músculo.
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Separa o esternocleidomastóideo lateralmente e o esterno-hióideo e esternotireóideo junto com traquéia e esôfago para medial.
A bainha carótida,envolvendo a art.carótida,v.jugular e n.vago pode ser exposta.
As artérias tireóideas sup e inf ligam a bainha carótida com as estruturas medianas e podem ser ligadas se necessário.
O feixe vasculonervoso (art.carótida, veia carótida e nervo vago) ficam protegido dentro do esternocleidomastóideo.)
4) Abrindo-se a fascia cervical superficial, afastamos o esternocleiodomastóideo lateralmente e o músculo homoióideo medialmente (se ele foi preservado).
Usando secção romba com uma torunda ou com o dedo, delicadamente, encontramos a próxima estrutura, a fascia cervical média. Nessa parte, já podemos palpar os corpos vertebrais na profundidade.
Essa fascia cervical média é seccionada longitudinalmente.
5) O feixe vasculonervoso é afastado lateralmente, e a traquéia, o esôfago e a glândula tireóide são afastados medialmente .Alcançamos a fascia pré-vertebral ou fascia cervical profunda, que é aberta em pequena distância, longitudinalmente de preferência sobre um disco intervertebral (eles ã tos, por transparência, como estruturas mais esbranquiçadas que os corpos vertebrais, e também são mais salientes).
Nesse ponto, devemos fazer uma radiografia para nos certificarmos de qual disco foi alcançado. Usa-se uma agulha calibre 12 inserida cerca de l cm nesse disco. Retira-se os afastadores e protege-se toda a incisão com gazes(sempre contá-las), cobre-se a cirurgia com uma compressa e depois com um campo cirúrgico. Todo cuidado deve ser tomado para que a agulha não seja comprimida em direção ao canal medular. O ideal é dobrá-la em L para que não possa ser empurrada mais para dentro do disco
6) Confirmado o nível, abre-se a fascia pré-vertebral em maior extensão, bem como o ligamento longitudinal anterior,expondo-se os corpos vertebrais e os discos intervertcbrais anteriormente.Os limites laterais para essa dissecção são os dois músculos longos do pescoço (longus colli), que não devem ser muito dissecados lateralmente. Quando retiramos o disco ou o corpo vertebral, o limite do músculo longo do pescoço deve ser usado para mantermos, na profundidade, o mesmo plano.O tronco simpático encontra-se sobre o longo do pescoço lateral ao corpo das vértebras
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7)Após o procedimento principal, o fechamento deve ser feito aproximando-se o músculo platisma, o subcutâneo e a pele em planos separados.
Riscos:Lesão larineo recorrente – camada profunda (=afastadores sobre m.longo pescoço)
Lesão n. simpático e gânglio estrelado – Síndrome de Horner = evitar dissecar sobre processos transversos)
Lesão a Bainha carotídea e seu conteúdo (evitar afastadores autofixantes)
Lesão a art.verterbral – evitar parte lateral do processo transverso
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Author: rogerio |
Date: 24/2/2020, 10:53 |
Tipo do Texto: Conceito básico |
Category: Coluna |
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